8 de março de 2008

Venezuela: fronteira com Colômbia já voltou ao normal


O ministro do Interior da Venezuela, Ramón Rodríguez, disse hoje que a situação na fronteira com a Colômbia "já voltou ao normal", após dar por superada a crise entre os dois países, Equador e Nicarágua.

"A situação na fronteira tende a se normalizar nas relações comerciais, em relação ao comércio exterior, em relação ao fornecimento de gasolina, tudo tende à normalidade; melhor que isso, não é que tende a se normalizar, já voltou ao normal", deixou claro em entrevista coletiva para tratar de outros assuntos internos.

"Realmente notamos um clima de tranqüilidade, de confiança, de normalidade no país após a diminuição das tensões surgidas com o incidente diplomático", declarou.

A violação do território do Equador por tropas colombianas em uma ação armada contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) levou Chávez a fechar a Embaixada em Bogotá, expulsar os membros da representação colombiana em Caracas, reforçar militarmente a fronteira comum e adotar uma série de restrições comerciais.

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Será que toda essa "tranquilidade", que esta agora entre a Colombia e a Venezuela, vai ficar por isso mesmo? Eu pago pra ver.
Ainda bem que o Brasil nao se meteu nisso...

6 de março de 2008

Rice: Colômbia e Equador devem usar diplomacia

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu hoje que haja "uma saída diplomática" para a crise da Colômbia com Venezuela e Equador, e destacou que "o uso das zonas fronteiriças" por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve ser vigiado.

"Acredito em que haverá uma saída diplomática", afirmou Rice em entrevista coletiva após uma reunião de ministros de Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Rice destacou que, independentemente do andamento do processo diplomático, "todos devem estar atentos para o uso de zonas fronteiriças por parte de terroristas como as Farc".

Segundo ela, a guerrilha "é uma organização terrorista", por isso "é extremamente importante" impedir suas atividades.

Questionada sobre as acusações da Colômbia de que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "apoiaria" as Farc, Rice advertiu de que "ninguém deveria tratar com eles".

Neste sentido, mencionou o número "horrivelmente alto" de pessoas que morreram ou foram seqüestradas nos últimos anos pela ação das Farc.

A secretária de Estado americana ressaltou que ela mesma esteve sentada ao lado do chanceler colombiano, Fernando Araújo, refém das Farc durante seis anos, até que no início de 2007 fugiu através da floresta.

Rice insistiu em que o Governo de Washington "luta duramente" para conseguir que o Congresso americano ratifique o Tratado de Livre-Comércio (TLC) com a Colômbia, o que enviaria "um sinal simbólico" a Bogotá.

Rice acrescentou que "infelizmente" não se reunirá hoje em Bruxelas com o vice-presidente colombiano, Francisco Santos Calderón, já que "não estava na agenda".

Santos Calderón esteve na quarta-feira e hoje em Bruxelas para pedir a ajuda européia para agir contra o "apoio" que, segundo o Governo de Bogotá, "a Venezuela dá para a guerrilha".

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4 de março de 2008

Colômbia reitera "desculpas públicas" ao Equador

A Colômbia voltou a pedir na OEA "desculpas públicas ao governo do Equador e a seu povo" pelas ações militares do final de semana em território equatoriano que levaram Quito a romper relações diplomáticas com Bogotá, mas quis também uma "explicação ao povo colombiano" por parte dos governos do Equador e da Venezuela.

O representante colombiano, Camilo Ospina, reiterou as desculpas de seu governo pelo ataque que terminou com a vida de Raúl Reyes, em território equatoriano.

O Equador, por sua vez, pediu que a OEA condene a incursão da Colômbia em seu território e cobrou que haja uma reunião de emergência de ministros de Relações Exteriores do hemisfério.
(...)

"O território e a soberania (do Equador) foram objeto de uma violação premeditada", disse a ministra na sessão. Ela pediu, entretanto, uma solução "pacífica" para o conflito e condenou as atividades das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que a Colômbia considera um grupo terrorista.

Em seguida às declarações da representante do Equador, Ospina afirmou ter aceitado a proposta de uma reunião de chanceleres. "A Colômbia aceitou a proposta equatoriana de convocar uma reunião extraordinária de chanceleres das Américas para buscar uma solução para a crise diplomática com o Equador", disse o representante colombiano, que também pediu a criação de uma comissão exploratória para ajudar a buscar alternativas para superar a crise.

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Pois é, muitas pessoas ainda devem se dar mal nessa crise. O Brasil ainda nao se meteu muito com essa confusao - e esperamos que nao se meta.
vamos aguardar o desfecho dessa crise, se esse desfecho realmente ocorrer.
nos proximos dias veremos o restante dessa historia, é esperar pra ver...

3 de março de 2008

Venezuela expulsa embaixador colombiano


Nicolás Maduro, o chanceler venezuelano, anunciou no dia 3 de março, proximo as 19 horas a expulsão do embaixador colombiano Fernando Marín, alegando os mesmos motivos que o Equador: "Cuidar da soberania nacional frente aos fatos do final de semana".

Nessa mesma segunda-feira, a chancelaria equatoriana divulgou uma carta oficializando o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia


É esperado, ainda para a noite desta segunda, um pronunciamento do presidente do Equador, Rafael Correa.


O ministro equatoriano de Segurança Interna e Externa, Gustavo Larrea, admitiu ter se encontrado com o chefe das Farc Raúl Reyes, num país distinto de Colômbia ou Equador, mas afirmou que o objetivo do encontro foi unicamente a liberação de reféns. Larrea afirmou ter se reunido com Reyes em janeiro último.

Nesta segunda-feira, o ministro equatoriano foi acusado de manter acordos com o líder das Farc. A polícia colombiana divulgou documentos encontrados no computador de Reyes. Um deles expressava o "interesse do presidente (Correa) en oficializar as relações com a direção das Farc".



2 de março de 2008

Colômbia confirma a morte de líder das Farc


O governo da Colômbia confirmou neste sábado a morte de Raul Reyes, um dos principais líderes do grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias (Farc), em combates com o Exército na fronteira com o Equador. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.

"Quero comunicar o país que Raul Reyes, membro do Secretariado das Farc, está morto. E este foi o golpe mais contundente que o grupo terrorista já sofreu", disse Santos. Segundo ele, a operação que acabou na morte de Reyes foi realizada na fronteira com o Equador

"A operação começou na madrugada deste sábado, exatamente às 0h25 (2h25 de Brasília), com um bombardeio da Força Aérea Colombiana. No momento em que helicópteros se aproximavam do local, foram atacados pelos guerrilheiros das Farc localizados em território equatoriano, a menos de 1.800 m da fronteira", explicou o ministro.

Segundo Santos, as bombas lançadas pelos aviões do Exército foram as responsáveis pela morte de Raul Reyes. Além do líder, morreram outros 16 militantes das Farc, entre eles Julián Corado, conhecido como Enrique Torres, um dos idealizadores do grupo.

Santos disse ainda que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, conversou por telefone com seu colega equatoriano, Rafael Correa, para deixá-lo a par da ação militar. Os corpos de Reyes e de Corado já teriam sido transferidos para a Colômbia.

Triunfo de Uribe

Reyes era um dos sete integrantes do secretariado das Farc e nos último anos se converteu no líder mais em evidência do grupo rebelde formado por aproximadamente 17 mil combatentes.

A morte do líder guerrilheiro é o triunfo mais importante da política do presidente Alvaro Uribe, que com o apoio dos Estados Unidos mantém uma ofensiva contra as Farc desde que assumiu o poder, em 2002, o que obrigou a guerrilha a um recuo estratégico.

Reyes, cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia, nasceu em 30 de setembro de 1948 em La Plata, no departamento de Huila. Antigo dirigente sindical, ingressou na guerrilha há quase três décadas. Durante a década de 90, representou as Farc na Europa, México e Costa Rica.

Além disso, foi o principal negociador do grupo durantes os diálogos de paz entre 1998 e 2002 com o governo Andrés Pastrana. Reyes era acusado de terrorismo, seqüestro, assassinato, entre outros crimes.

O governo colombiano oferecia uma recompensa de US$ 2,7 milhões por sua prisão ou morte.

Com informações do Terra Colômbia e da Reuters

Redação Terra