5 de abril de 2008

Missão para atender Ingrid foi "congelada"

A missão médica para atender Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há seis anos, está "congelada" à espera de uma autorização dessa guerrilha, mas as autoridades da região colombiana também mantêm um hospital pronto para recebê-la caso seja requerido.

Embora o avião-ambulância enviado pela França a Bogotá esteja há dois dias em San José do Guaviare, o prefeito dessa cidade, Pedro Arenas, comentou à agência Efe que enquanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) não se pronunciar, "é de supor que nenhuma operação será iniciada".

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As Farc libertaram este ano no departamento do Guaviare (sudeste) seis políticos, mas mantêm presas outras 40 pessoas que pretendem trocar por 500 rebeldes capturados em diversos momentos pelo governo.

O prefeito indicou que até agora não recebeu nenhuma comunicação oficial que a missão médica será efetuada em algum ponto do Guaviare, mas esclareceu que tem preparado um hospital caso a guerrilha solicite intervenção médica para Betancourt.

"Temos um bom hospital, está previsto o lugar onde pode aterrissar um helicóptero caso seja necessário, há pessoal médico suficiente, há abastecimento de sangue caso seja preciso realizar uma transfusão e todo tipo de remédios para qualquer doença tropical que possa ter Betancourt", acrescentou.

Arenas acrescentou que não deixam de ser "rumores" as versões sobre a suposta presença da refém em uma zona rural de San José do Guaviare e os qualificou como "comentários aumentados pela transcendência do tema".

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Os americanos Keith Stansell, Thomas Howes e Marc Gonsalves foram seqüestrados em fevereiro de 2003 pelas Farc, que os incluiu junto a Betancourt na lista dos reféns passíveis de troca.

San José do Guaviare, capital do Guaviare, também se uniu hoje à manifestação nacional pela liberdade dos seqüestrados, na qual estiveram presentes dezenas de pessoas, em sua maioria crianças e familiares de alguns reféns.



Homem coloca foto de Ingrid Betancourt em frente à estátua de Simon Bolívar, em Medelín.Fonte: Terra

postado por mário

3 de abril de 2008

Em nova mensagem, Farc descartam libertar Betancourt

Uma mensagem das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) enviada à agência de notícias Anncol - acusada pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de ter ligação com a guerrilha -, afastou a possibilidade de libertação da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, que também tem cidadania francesa, aos mediadores europeus que estão no país. Na nota, a guerrilha qualifica o presidente da França, Nicolas Sarkozy, de "pouco confiável". O presidente francês enviou ontem uma missão humanitária à Colômbia para se encontrar com Betancourt.

"Até mesmo para uma libertação unilateral, seria necessário que as partes chegassem a um acordo pelo menos para estabelecer um mecanismo de segurança", consta no comunicado das Farc. "É estranho que o presidente (francês) Nicolas Sarkozy seja tão ingênuo e o CICR (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) o acompanhe numa aventura tão perigosa."

Ao qualificar Sarkozy de "pouco confiável", a nota das Farc lembra que um telefonema de mediadores franceses a Raúl Reyes permitiu que o Exército colombiano rastreasse a comunicação e deflagrasse, em 1º de março, a ofensiva em território equatoriano que matou o "número 2" da guerrilha e outros 24 guerrilheiros. Um avião francês está estacionado na base aérea de Catam, em Bogotá, desde ontem - equipado para prestar socorro médico a Ingrid.

Com a chegada do avião e de representantes da Suíça e da Espanha, muitos colombianos chegaram a acreditar que algum acordo secreto tinha sido acertado e a libertação da ex-candidata era iminente. A missão européia reuniu-se hoje com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, mas nada de concreto sobre o encontro foi revelado. Uma outra mensagem, vinda do porta-voz da guerrilha, Rodrigo Granda, já havia descartado a libertação humanitária de Ingrid fora do contexto de uma troca dos reféns por guerrilheiros presos pelo governo.

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Quanto mais demora para os paises negociarem, mais as pessoas sofrem. Quanto tempo ainda será que terão que esperar para serem libertados? Tudo que dependem são das negociações de seus paises com os terroristas. Por um lado estarão libertando vítimas, mas por outro, estarão contribuindo com o terrorismo. Por outras palavras, estão a merce da sorte, da boa vontade dos paises...

Por Diego Daniel

1 de abril de 2008

Porta-voz de Evo Morales renuncia

Álex Contreras, porta-voz do presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou hoje ao cargo de forma "irrevogável". Antes de deixar o posto, o funcionário disse que o Governo precisa de "um choque de gestão" e que os movimentos sociais devem ser "os guardiães" da mudança na Bolívia.

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Pois é, e isso nem foi uma brincadeira de 1° de abril.

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Mas nada bom, na verdade. Isso tende apenas a esquentar o clima político que já não está dos melhores.