6 de março de 2008

Rice: Colômbia e Equador devem usar diplomacia

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu hoje que haja "uma saída diplomática" para a crise da Colômbia com Venezuela e Equador, e destacou que "o uso das zonas fronteiriças" por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve ser vigiado.

"Acredito em que haverá uma saída diplomática", afirmou Rice em entrevista coletiva após uma reunião de ministros de Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Rice destacou que, independentemente do andamento do processo diplomático, "todos devem estar atentos para o uso de zonas fronteiriças por parte de terroristas como as Farc".

Segundo ela, a guerrilha "é uma organização terrorista", por isso "é extremamente importante" impedir suas atividades.

Questionada sobre as acusações da Colômbia de que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "apoiaria" as Farc, Rice advertiu de que "ninguém deveria tratar com eles".

Neste sentido, mencionou o número "horrivelmente alto" de pessoas que morreram ou foram seqüestradas nos últimos anos pela ação das Farc.

A secretária de Estado americana ressaltou que ela mesma esteve sentada ao lado do chanceler colombiano, Fernando Araújo, refém das Farc durante seis anos, até que no início de 2007 fugiu através da floresta.

Rice insistiu em que o Governo de Washington "luta duramente" para conseguir que o Congresso americano ratifique o Tratado de Livre-Comércio (TLC) com a Colômbia, o que enviaria "um sinal simbólico" a Bogotá.

Rice acrescentou que "infelizmente" não se reunirá hoje em Bruxelas com o vice-presidente colombiano, Francisco Santos Calderón, já que "não estava na agenda".

Santos Calderón esteve na quarta-feira e hoje em Bruxelas para pedir a ajuda européia para agir contra o "apoio" que, segundo o Governo de Bogotá, "a Venezuela dá para a guerrilha".

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