2 de março de 2008

Colômbia confirma a morte de líder das Farc


O governo da Colômbia confirmou neste sábado a morte de Raul Reyes, um dos principais líderes do grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias (Farc), em combates com o Exército na fronteira com o Equador. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.

"Quero comunicar o país que Raul Reyes, membro do Secretariado das Farc, está morto. E este foi o golpe mais contundente que o grupo terrorista já sofreu", disse Santos. Segundo ele, a operação que acabou na morte de Reyes foi realizada na fronteira com o Equador

"A operação começou na madrugada deste sábado, exatamente às 0h25 (2h25 de Brasília), com um bombardeio da Força Aérea Colombiana. No momento em que helicópteros se aproximavam do local, foram atacados pelos guerrilheiros das Farc localizados em território equatoriano, a menos de 1.800 m da fronteira", explicou o ministro.

Segundo Santos, as bombas lançadas pelos aviões do Exército foram as responsáveis pela morte de Raul Reyes. Além do líder, morreram outros 16 militantes das Farc, entre eles Julián Corado, conhecido como Enrique Torres, um dos idealizadores do grupo.

Santos disse ainda que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, conversou por telefone com seu colega equatoriano, Rafael Correa, para deixá-lo a par da ação militar. Os corpos de Reyes e de Corado já teriam sido transferidos para a Colômbia.

Triunfo de Uribe

Reyes era um dos sete integrantes do secretariado das Farc e nos último anos se converteu no líder mais em evidência do grupo rebelde formado por aproximadamente 17 mil combatentes.

A morte do líder guerrilheiro é o triunfo mais importante da política do presidente Alvaro Uribe, que com o apoio dos Estados Unidos mantém uma ofensiva contra as Farc desde que assumiu o poder, em 2002, o que obrigou a guerrilha a um recuo estratégico.

Reyes, cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia, nasceu em 30 de setembro de 1948 em La Plata, no departamento de Huila. Antigo dirigente sindical, ingressou na guerrilha há quase três décadas. Durante a década de 90, representou as Farc na Europa, México e Costa Rica.

Além disso, foi o principal negociador do grupo durantes os diálogos de paz entre 1998 e 2002 com o governo Andrés Pastrana. Reyes era acusado de terrorismo, seqüestro, assassinato, entre outros crimes.

O governo colombiano oferecia uma recompensa de US$ 2,7 milhões por sua prisão ou morte.

Com informações do Terra Colômbia e da Reuters

Redação Terra

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