9 de março de 2008

Bush rejeita negociaçõs com Cuba


O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que Cuba substituiu um ditador por outro e que Washington vai manter a política linha-dura contra a ilha até que haja uma transição democrática de poder. Deixou claro que a aposentadoria de Fidel não foi uma oportunidade de cancelar o embargo econômico no país, instituído em 1962.

Bush insistiu que Fidel Castro, apesar de ter renunciado no mês passado às suas funções, oficiais, "ainda está influenciando os fatos nos bastidores".

"Esse sentimento é exatamente retrógrado. Para melhorar relações, quem precisa mudar não são os EUA, quem precisa mudar é Cuba", afirmou. "O governo de Cuba deve iniciar um processo de mudança pacífica e democrática. Devem soltar todos os presos políticos. Devem respeitar os direitos humanos em palavras e atos e abrir caminho para eleições livres e limpas", afirmou Bush.

Muitos congressistas, incluindo o pré-candidato democrata à presidência norte-americana, Barack Obama, sugeriram uma aproximação a Cuba, mas Bush rejeita normalização nas relações com Raúl Castro, que promete manter o ideário comunista em Cuba.

"Este é o mesmo sistema, os mesmos rostos e as mesmas políticas que levaram às misérias de Cuba. Os Estados Unidos estão isolando o regime cubano", declarou Bush.

A principal autoridade européia em ajuda humanitária chegou na quinta-feira a Cuba para sondar os planos do novo presidente e relançar as relações do bloco com o país, que estavam praticamente congeladas sob Fidel. Washington se opôs a essa vista.

Fidel Castro, que por décadas acusou Washington de imperialismo, diz que as mudanças que Bush exige para Cuba seriam equivalentes a uma "anexação" da ilha aos EUA.

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Mesmo que os Estados Unidos auxiliassem os cubanos, acredito que a ajuda não seria muito bem vinda na ilha. Se os norte-americanos não confiam em Cuba, os pensamentos cubanos não devem ser muito diferentes. Por um lado está Cuba, que tem sua população nas mãos do governo, do outro, os Estados Unidos, que tem fama de causar dependência dos paises. Nenhum dos governos está com a razão, já que nenhuma deles é “santo”.

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